Celulite após a gravidez | Por: Vanessa Grendene

 

Também conhecida popularmente como celulite, é uma doença que atinge a maioria das mulheres, intensificando-se após a gestação. Além de ser desagradável aos olhos e, às vezes, provocam dores nas zonas acometidas, a celulite pode atrapalhar o dia a dia em determinadas atividades, tais como caminhada, corrida, subida ou descida de escada entre outras atividades físicas.

Os tratamentos para celulite podem apresentar alguma eficácia mas, se não estiverem associados aos cuidados dietéticos e a prática de exercícios, podem ocorrer recidivas.

Esta doença é uma descompensação das células que se divide em quatro fases e apresenta 4 graus diferentes conforme o aspecto físico da pele.

Classificação

Grau 1: só é visível por meio da compressão do tecido entre os dedos ou da contração muscular voluntária e não há alteração da sensibilidade à dor.

Grau 2: as depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos tecidos. Há também palidez, baixa temperatura e diminuição de elasticidade da pele; não há nenhuma alteração de alívio em repouso;

Grau 3: Acometimento tecidual pode ser observado quando o individuo estiver  em qualquer posição. Tem aspecto de “saco de nozes”. A pele mostra-se acolchoada, parecendo uma “casca de laranja”, e são evidentes em repouso; há sensação palpável de pequenas granulações em níveis profundos; há dor à palpação, diminuição da elasticidade, palidez e diminuição da temperatura da pele;

Grau 4: tem as mesmas características do grau 3 com nódulos mais palpáveis, visíveis e dolorosos, aderência nos níveis profundos e aparecimento de um ondulado óbvio na superfície da pele.

As causas da celulite são: obesidade, pois gera compressão dos vasos sanguíneos e linfáticos causadas pelo aumento do tamanho e número das células de gordura. Além disso, existem distúrbios circulatórios como insuficiência venosa, varizes e edema linfático que oferecem ótimas condições para o início da doença ou atuam como agravantes na celulite, ocorrendo piora com freqüência durante o período gestacional em função das alterações circulatórias nesta fase.

As regiões mais afetadas são a porção superior da coxa, interna e externamente, a porção interna do joelho, região abdominal, região glútea e porção superior dos braços anterior e posteriormente.

A celulite pode ser dividida em quatro formas clínicas cada uma acometendo um perfil específico de pacientes, podendo também haver a evolução de um grupo pra outro.

  • Dura: ocorre em pessoas jovens com atividade física regular e tecidos com boa tonicidade; o aspecto de casca de laranja aparece ao beliscar a pele e não muda de acordo com a posição.
  • Flácida: acomete pessoas sedentárias ou com antecedentes desportivos, sendo mais comum em mulheres inativas que perderam peso rapidamente. Clinicamente, observa-se que a pele “sacode” com os movimentos e a aparência muda conforme a posição, causada pela flacidez muscular.
  • Edematosa: acomete mulheres jovens que tomam anticoncepcionais; O sistema de casca de laranja é precoce com péssimo prognóstico quanto à reversão do processo.
  • Mista: é caracterizada quando temos a celulite dura nas coxas associada à flácida no abdômen; ou então muito dura na coxa, lateralmente, acompanhada da muito flácida, medialmente.

Existem vários tratamentos para amenizar os diferentes tipos de celulite. Dentre eles a radiofreqüência, criofrequência, ondas de choque, cavitação e carboxiterapia. Estes podem ser realizados de forma associada ou individual conforme o tipo e gravidade da doença. Para realizar o tratamento mais adequado e no período correto pós-gestacional procure uma fisioterapeuta responsável e com conhecimento na área.

Por Vanessa Grendene | Fisioterapeuta Dermatofuncional

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