Esse texto não é para ser um balde de água fria no seu dia, mas um alerta para quem está adiando tomar decisões importantes sobre sua atividade profissional: nos próximos anos, metade dos empregos que existem atualmente vão desaparecer.
Sabe aquele “futuro” que comentamos nas conversas informais e assistimos nas reportagens da TV? Ele não está mais tão distante e, em menos de uma década, existirão novas profissões que hoje nem sabemos quais são. Quer um exemplo? Quando meu filho Pietro – que hoje tem 10 anos – for escolher o curso na faculdade, tem grandes chances de optar por uma profissão que ainda nem foi criada. Impressionante, não?
Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), há 3 bilhões de trabalhadores no mundo atualmente e 6 em cada 10 profissionais que estão atualmente no mercado de trabalho não estão capacitados, habilitados tecnicamente para os novos trabalhos que serão criados nos próximos anos.
Alerta!!!
Se o seu trabalho é passar o dia na frente do computador, há grandes chances de você ser substituído por um robô que tem capacidade de compreender o trabalho a ser entregue. Profissões como jornalistas (eu!!!), advogados, arquitetos, médicos, contadores, poderão facilmente ser substituídas por inteligência artificial se o trabalho realizado e a entrega for meramente mecanizada, robotizada. O que vai nos diferenciar da inteligência artificial é a capacidade de relacionamento com outros seres humanos, a humanização nas nossas relações.
Mas nem tudo está totalmente perdido e há salvação! Segundo o Fórum Econômico Mundial, algumas habilidades, também conhecidas como soft skills, desejadas para os profissionais que querem manter-se no mercado de trabalho e se reinventar são:
# pensamento crítico
# criatividade
# gestão de pessoas
# inteligência emocional
# capacidade de julgamento
# autonomia
# orientação para servir
# negociação
# flexibilidade cognitiva
Ou seja, habilidades estas que dificilmente poderão ser encontradas em robôs criados para fazer o trabalho manual e mecânico, mas que podem ser nosso diferencial enquanto profissionais.
O que fará nos destacarmos no mercado é sermos únicos, criar conexões, sermos facilmente encontrados por nossas habilidades e, principalmente, um posicionamento real sobre quem somos, sobre nosso trabalho e aquilo que acreditamos. O diferencial está nas relações que conseguirmos criar e manter ao longo da nossa atividade profissional.
Esses números e dados assustam, né? Meu propósito em compartilhar essas informações é mostrar que é possível evitar que a onda chegue e te afogue nesse mar gigante que é o mercado de trabalho. Que tal olhar para a sua carreira e se antecipar às mudanças que já estão acontecendo? Você já está pensando no futuro da sua atividade profissional? Me conta o que tem feito para se reinventar e manter-se no mercado de trabalho!
Priscila Tescaro é jornalista, especialista em Marketing, Planejamento e Estratégias para pequenos negócios e profissionais liberais. É empresária desde 2012, quando criou sua empresa de consultoria. Já atendeu mais de 40 empresas e profissionais liberais que desejavam organizar e reestruturar seus negócios ou carreiras, além de contribuir na criação de novas empresas ou na definição de novos caminhos para quem deseja mudanças.
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