Não descuide da vacinação contra o sarampo | Por: Gabrielle Adames

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem mais de 2 mil casos confirmados de sarampo este ano, principalmente no Amazonas e em Roraima. O Rio Grande do Sul até outubro havia registrado 43 casos de sarampo, sendo o terceiro estado com maior incidência no país. Mas, afinal, o que é o sarampo?

Trata-se de uma doença altamente contagiosa causada por um vírus que gera sintomas como febre, tosse persistente, corrimento nasal e conjuntivite além das manchas na pele. E é uma das infecções virais mais comuns da primeira infância.

O quadro cutâneo se inicia com pequenas manchas avermelhadas que começam perto do couro cabeludo e depois vão descendo, se espalhando por todo corpo junto com manchas brancas arredondadas na bochecha, sem coceira ou dor nas lesões. Durante a fase de melhora, as manchas tornam-se escurecidas e surge descamação fina, lembrando farinha, daí o nome “furfurácea”.

É transmitido através do contato com gotículas do nariz, da boca ou da garganta da pessoa infectada, quando ela tosse, espirra e respira.

O diagnóstico é basicamente clínico, ou seja, confirmado pelo próprio médico. Porém, o sarampo pode ser diagnosticado com exames laboratoriais específicos como IgM para Sarampo ou PCR (reação da cadeia de polimerase) para identificar o vírus.

Alguns cuidados simples que também podem ajudar a prevenir a doença:

  • lave as mãos frequentemente, especialmente após estar em contato com pessoas doentes
  • evite tocar nos olhos, nariz ou boca, caso as mãos não estejam limpas
  • evite estar em locais fechado com muita gente

A boa notícia é que tanto as vacinas da tríplice viral quanto a tetravalente (contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora) estão disponíveis na rede pública e privada, fazendo parte do calendário básico de vacinação infantil.

A versão tríplice viral idealmente deve ser aplicada em bebês de 12 meses, com um reforço aos 15 meses de vida. O imunizante também é ofertado para pessoas de até 49 anos que não foram vacinadas.

O tratamento do sarampo é feito de forma a aliviar os sintomas porque esta doença é causada por um vírus e por isso o corpo consegue se livrar dele sozinho, sem a necessidade de antibióticos.

Na maior parte dos casos, o sarampo desaparece sem causar qualquer tipo de sequela na pessoa, no entanto, em pessoas com o sistema imune mais enfraquecido, podem surgir algumas complicações como: obstrução das vias respiratórias, pneumonia, encefalite, infecção do ouvido, cegueira e diarreia grave que leva à desidratação.

Além disso, caso o sarampo surja na grávida, também existe um elevado risco de sofrer um parto prematuro ou ter um aborto espontâneo.

Por Gabrielle Adames, dermatologista

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