2020 foi um ano desafiador para todas nós. Pela primeira vez, todas as pessoas, sem exceção, foram afetadas pela pandemia, ou seja, vivenciaram o mesmo desafio. O que mudou foi a forma, a intensidade e o timing do impacto em cada uma. Ninguém está saindo ilesa de 2020. Ninguém.
Tivemos que lidar, ao mesmo tempo, com a hiper convivência com os moradores de nossas casas e o isolamento de outros que amamos. Nossa liberdade ganhou um novo sentido. Ah, que saudade de ir e vir livremente! O medo passou a fazer parte das nossas rotinas: medo da doença, do futuro, dos compromissos financeiros, do risco para nossos amigos e familiares. Medo de surtar. Medo de não aguentar. Medo de não dar conta.
Com a chegada do final desse ano tão intenso, temos a oportunidade de olhar para 2020 com carinho e acolhimento. Não, não foi fácil. Mas aprendemos e amadurecemos muito! Mudamos hábitos, reforçamos laços (independentemente da distância física), descobrimos novas ferramentas para matar a saudade, desenvolvemos papéis que nunca tínhamos imaginado, seguramos a barra de alguém, nos ajudamos, valorizamos pessoas e profissionais que antes “passavam batido” nas nossas rotinas atribuladas.
Não só sobrevivemos, como acrescentamos novos itens nas nossas “caixinhas de ferramentas”. Ressignificamos prioridades. Reavaliamos problemas. Mudamos de ideia. Uma, duas, incontáveis vezes. Repensamos nossas atitudes em relação aos que amamos. Desenvolvemos uma paciência que bem sabíamos que era possível. Encontramos formas de acolher quem estava mais abalado que nós mesmas, trocamos de lugar e também ganhamos colos – presenciais e virtuais.
Mudamos a forma de olhar e conviver com nossas próprias casas, famílias e amigos. Mas, principalmente, tivemos a oportunidade de olhar para dentro para conseguir lidar com tantas mudanças e impactos simultâneos. A empatia foi exercida de forma mais natural, pois estávamos todas, pela primeira vez, lidando com o mesmo desconhecido. Nos tornamos mais flexíveis, mais tolerantes, mais humanas.
Todos esses aprendizados fazem parte da nossa bagagem e, cabe a cada uma de nós, olhar para eles com carinho e consideração, para encarar este final de ano com um pouco mais de leveza. Os prazos são mais curtos, estamos cansadas. Mas acredito que, podemos sim, escolher como vamos lidar com o final de ano, que, historicamente, é um momento de maior stress.
Que tal olhar para 2020 e escolher dois ou três aprendizados que podem te ajudar a finalizar 2020 de uma forma menos turbulenta?
Eu escolho:
– Flexibilidade
– Gentileza
– Empatia
E você?
Patrícia Wallau é coach e mentora, certificada pelo Instithuto dy Crescere Personas (ICP)
e certificação (em andamento) pelo Institute of Leadership & Manegement de Londres,
Consultora de Atendimento credenciada pelo SEBRAE Nacional e Palestrante.
